Coincidentemente, nesta semana, os cristãos comemoram a Páscoa e os judeus celebram o Pessach.
Ambas as celebrações têm em comum o simbolismo da passagem, da travessia.
Pessach significa “pular” e se refere à consciência e controle de Deus sobre a existência.
O próprio nome da festa transmite um conceito importante no pensamento judaico. A palavra pessach
significa “pular". Esta palavra é proveniente da última praga, na qual Deus atacou o primogênito egípcio de cada casa, mas “pulou” as casas dos judeus. Este ato de “pular” era uma demonstração clara da Providência Divina, da Sua onisciência e do Seu poder sobre a própria existência, segundo lemos nos ensinamentos sobre o Pessach no Calendário Judaico.http://www.morashasyllabus.com/Portuguese/class/Pesach%20II.pdf.
Refletindo sobre esse fato, que envolve libertação, lembramo-nos do destino de tantos outros judeus em Auschewitz quando não tiveram o direito à liberdade e morreram paralisados pelo jugo opressor de um sistema paranóico: o nazismo.
Contrariamente a seus antepassados, esses judeus não tiveram a escolha de fazer a travessia, de pular essa parte da história: ofereceram-se vivos para que pudessemos aprender o valor da liberdade, do coexistir sem fronteiras.
Um psiquiatra judeu que sobreviveu a todos os infortúnios dentro do campo de concentração, através de sua atitude resiliente, deixou-nos o livro "Um psicólogo no campo de concentração". Neste livro, como também em outros de sua autoria, aprendemos a extrair o significado da vida e também a ressignificá-la, não importa a dor pela qual se passou. Seu nome é Viktor Emil Frankl, criador da Logoterapia.
Deixamos aqui uma frase desse grande homem, professor na Universidade de Viena e profundamente convicto de que nada atinge o ser humano na sua dimensão noética ou espiritual:
A todos esses seres humanos, homens, mulheres e crianças, dedicamos um momento de silêncio e oração, desejando que todos os seres humanos tenham acesso à possibilidade de um viver criativo e digno, com direito pleno à liberdade, à expressão, ao ser e ao existir e, principalmente, à escolha do seu próprio caminho.
Páscoa integral!
Marc André da Rocha Keppe e Rosana Luiza Destro Keppe
Transpsicanálise - (11) 3872-7572
Contrariamente a seus antepassados, esses judeus não tiveram a escolha de fazer a travessia, de pular essa parte da história: ofereceram-se vivos para que pudessemos aprender o valor da liberdade, do coexistir sem fronteiras.
Um psiquiatra judeu que sobreviveu a todos os infortúnios dentro do campo de concentração, através de sua atitude resiliente, deixou-nos o livro "Um psicólogo no campo de concentração". Neste livro, como também em outros de sua autoria, aprendemos a extrair o significado da vida e também a ressignificá-la, não importa a dor pela qual se passou. Seu nome é Viktor Emil Frankl, criador da Logoterapia.
Deixamos aqui uma frase desse grande homem, professor na Universidade de Viena e profundamente convicto de que nada atinge o ser humano na sua dimensão noética ou espiritual:
Viktor Emil Frankl, neuropsiquiatra austríaco, de origem judaica
"Nós que vivemos nos campos de concentração podemos lembrar de homens".
que andavam pelos alojamentos confortando a outros, dando o seu último pedaço de pão.
Eles devem ter sido poucos em número, mas ofereceram prova suficiente que tudo pode ser
tirado do homem, menos uma coisa: a última das liberdades humanas - escolher sua
atitude em qualquer circunstância, escolher o próprio caminho."
(Viktor Frankl)
A todos esses seres humanos, homens, mulheres e crianças, dedicamos um momento de silêncio e oração, desejando que todos os seres humanos tenham acesso à possibilidade de um viver criativo e digno, com direito pleno à liberdade, à expressão, ao ser e ao existir e, principalmente, à escolha do seu próprio caminho.
Páscoa integral!
Marc André da Rocha Keppe e Rosana Luiza Destro Keppe
Transpsicanálise - (11) 3872-7572
Oração na Câmara de Gás de Buchenwald
Schwartz-Bart - O Último Justo
"Quando as camadas de gás cobriram tudo, houve um silêncio na sala, um silêncio que durou talvez um minuto, entrecortado apenas pela tosse e os soluços dos que já estavam moribundos e impossibilitados de oferecer uma oração. E, primeiramente um riacho, depois uma cascata e, logo, uma irresistível e majestática torrente: o poema que, através do fumo das fogueiras e sobre todos os martírios da história dos judeus, o velho poema de amor que eles traçaram em letras de sangue sobre a superfície da terra fez-se ouvir naquela câmara de gás, envolvendo-a, vencendo aquela horrível e sombria tosse: `SHEMA YISRAEL´... `Escuta, ó Israel, o Senhor é o nosso Deus, o Senhor é Um. Ó Senhor, por vossa graça alimentais os vivos e por vossa grande piedade ressuscitais os mortos, defendeis os fracos, curais os doentes, quebrais as correntes dos escravos. E, fielmente, sempre cumpristes as vossas promessas para com aqueles que dormem sobre a poeira. Quem é como vós, ó misericordioso Pai, e quem poderia jamais ser como vós...?´
"As vozes morreram uma por uma em meio ao poema ainda por terminar. As crianças moribundas cravaram as unhas nas pernas de Ernie e o abraço de Golda tornou-se mais fraco, os seus beijos menos intensos, e, ainda presa ao pescoço do seu amado, soltou um último suspiro: ´Então nunca mais te verei? Nunca mais...?´
"...Assim esta história não terminará. Pois a fumaça que se ergue dos crematórios obedece, como qualquer outra, as leis físicas: as partículas juntam-se e dispersam-se segundo o vento que as faz girar. A peregrinação seria olhar com tristeza para um tempestuoso céu, uma vez por outra.
"... e louvado. Auschewitz: Seja. Maidanek: O Senhor. Treblinka: E Louvado. Buchenwld: Seja. Mauthausen: O Senhor. Belzec: E Louvado. Sobibor: Seja. Chelmno: O Senhor. Ponary: E louvado. Theresienstadt: Seja. Varsóvia: O Senhor. Vilna: E louvado. Skarsysko: Seja. Bergen-Belsen: O Senhor. Janov: E louvado. Dora: Seja. Neuengamme: O Senhor. Pustkow: E Louvado..."´.
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