Há algumas semanas, o Brasil vêm acompanhando a minisérie Liberdade Liberdade, na Rede Globo, a qual mostra a vida e os costumes da sociedade reprimida e repressora de uma época em que havia escravos e senhores, cortesãs, prostitutas,e claro, as belas, recatadas, santas, as mulheres do lar.
Não faz muito tempo, mudaram as estações e, apesar de tantas mudanças, nada mudou.
Sim, desde sempre, há muito machismo, disfarçado com múltiplas roupagens; bem como há discursos feministas revanchistas.
Nessa toada, vemos na minisérie que as mulheres eram ensinadas a cuidar de seu patrimônio físico: sem bem maior, a fim de atrairem um bom provedor, o capital marido.
Aquelas que não se submetessem a esse protocolo, as libertárias, eram excluídas socialmente.
Nessa esteira, conhecemos todo o cerimonial da corte; do namoro sério (que era em casa); do noivado e do casamento. As desquitadas eram mal vistas. Os homens, podiam absolutamente Tudo. A sociedade era hipócrita, pois o silêncio Tudo acobertava.
Lá pelos anos 70's as coisas vão se transformando. Vem a lei do desquite, paqueras, amizades coloridas, a curtição a dois, as novas relações afetivas vão se mostrando e ganhando terreno.
Após duas décadas, com a lei do divórcio, muitos casais repensam relações e procuram novos caminhos.
Novas configurações vão se criando, novos hábitos e modalidades de amar: o "ficar" e, atualmente, o "pegar".
Os relacionamentos vão se tornando cada vez mais soltos. Ninguém é de ninguém é a tônica. Conselheiros sentimentais ensinam que ninguém deve ter perspectivas em relação a alguém, nada de cobranças, a ordem é viver o momento... e por aí vai...
Então, vive-se o momento: as relações são fluidas, leves, tornando-se cada vez mais líquidas.
Mas momentos bons também fenecem. Sem alimento sólido, sem estruturação, nada vinga; e são levadas pelo vento... morrem de inanição.
As pessoas se conhecem hoje, e amanhã nem um telefonema recebem, porque isso seria up-to-date.
Instala-se a modernidade líquida e, com ela, a era dos amores líquidos.
Nessa onda, vem junto a tecnologia: se não importa mais o telefone fixo, bem vindo seja o celular e, com ele, os novos aplicativos: messenger, orkut (vintages), whattsApp, tinder, snapchat, twitter, facebook, and other things.
A coisa vai ficando do jeito que o diabo gosta: super dividida.
As pessoas vêm ao consultório e, para validarem suas queixas, mostram falas do whattsApp (tanto em áudio, quanto em texto). Exibem fotos de quem partiu sem um adeus; mostram fotos do novo parceiro de seus ex, exibidos no facebook...
Agir por corte e exclusão nunca foi tão fácil: deleta-se, exclue-se, silencia-se, bloqueia-se, desfaz-se amizades e amores em menos de um segundo.
Estamos na era dos amores líquidos! Bem vindo e muito bem vinda!
Ninguém é de ninguém. Todo mundo é de todo mundo. Pode-se tudo! Pode-se mesmo? Comportamentos multipolares!
Falas mal compreendidas, textos mal escritos e mal elaborados, sentimentos reprimidos, rapidez nas novas escolhas que sempre repetem padrões inconscientes, muito sofrimento.
Quer entender melhor isso? Quer ter um relacionamento maduro ou quer capitalizar, se jogar e tirar partido em cima disso tudo?
E a ética? Será que conta? E brincar com sentimentos alheios, será que dói?
Meu novo curso, neste dia 4 de junho é nessa pegada: Amores Líquidos: entenda seu relacionamento, compreenda suas escolhas amorosas.
O custo é mega acessível: R$50,00 (quase líquido!)
O local é na Barra Funda, um bairro que muito sofreu com a modernidade líquida, muitas transformações rápidas: Rua do Bosque, 1589 Edifício Palatino - sala 608 pertinho do Metrô.
Traga caderno, caneta.
Me liga para combinar: (11) 99684-2357 (Vivo, com whattsApp, claro!) ou fixo (11) 3872-7572.
Abraço sólido!
André Keppe: psicólogo, psicanalista, doutor em Psicologia pela USP e Mestre em Psicossomática pela PUC
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